"Mel Gibson é um dos mais bem sucedidos actores de Hollywood, tendo começado a sua carreira como actor em 1977 com o filme Summer City. Dois anos depois viria a protagonizar o filme que o lançaria para o estrelato, Mad Max. A partir daí, Mel Gibson caracterizou-se como o actor durão em filmes de acção. Á excepção de Hamlet e mais uma ou duas comédias, Mel era o típico actor de filmes de acção tal como muitos outros, particularmente um com quem o assemelho muito, Bruce Willis. É verdade que Mad Max é um bom filme de acção, Mad Max 2 - The Road Warrior também, apesar de não chegar aos "calcanhares" do primeiro, Lethal Weapon (Arma Mortífera) também se safa; apenas este; mas todos os outros filmes em que participou até 1995, merecem o meu total desagrado como cinéfilo que sou. Apesar de todo o sucesso que alcançou e de ser um grande actor, Mel Gibson provou mais uma vez que actores que protagonizam filmes medíocres durante quase toda a sua carreira, podem vir a ser excelentes realizadores, como é o seu caso. Em 1993, Gibson estreou-se atrás das cameras pelo filme The Man Without a Face (Um Homem Sem Rosto). Não é um mau filme, mas trata-se de um filme de acção cuja trajectória do argumento do filme já foi muitas vezes vista em Hollywood, a vingança.
Mas foi em 1995 que Mel Gibson alcançou a glória e a confirmação como realizador, com o filme Braveheart. Enorme sucesso de bilheteiras, o filme conta a história de William Wallace, um escocês que ousou defrontar as tropas inglesas e reclamar independência. Mel Gibson não só realiza como também protagoniza o filme mostrando que não há incompatibilidade nenhuma em realizar e protagonizar um filme, podendo mesmo fazer uma obra-prima. Grande filme, grande argumento e sem dúvida grandes interpretações tanto principais como secundárias.
Depois de 9 anos sem realizar um filme, em 2004 realiza o filme mais polémico da história da sua carreira, bem como talvez o melhor. The Passion Of The Christ (A Paixão de Cristo), marcou o cinema não só pela sua visão crua e cruel do episódio da condenação de Cristo, mas também pela sua teoria acerca dos culpados da crucificação de Cristo, os judeus. Como é sabido, os Estados Unidos da América são claros apoiantes e aliados de Israel; mas isto é outra história; e é claro que o filme gerou grande polémica no seio da comunidade americana, tanto judia como católica. O filme é falado nas linguagens da época.
Em 2006, Mel Gibson apresentou-nos Apocalypto, uma história que ocorre na península de lucatã, antes da colonização espanhola, durante o período da civilização maia. A linguagem do filme é um dialecto maia, falado na região do lucatã e Mel Gibson conta-nos a história de um caçador que, após a sua aldeia ser atacada por um outro povo e seu pai ser assassinado, é levado juntamente com outros membros do seu povo para uma cidade maia. Antes de ser capturado consegue esconder a família numa gruta e a partir de que consegue escapar a um sacrifício, graças a um eclipse solar, ele começa uma fuga impiedosa para se salvar e ir ter com a família. Embora não tivesse a controvérsia que teve A paixão de Cristo, este Apocalyptico é igualmente bem conseguido na forma como Mel Gibson relata a história, como a filma, apesar de um teor muito menos violento mas de igual forma realista."
Álvaro Martins, www.alvaromartins.blogspot.com
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