terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Dirty Dancing

Dirty Dancing
Realizador: Emile Ardolino
Elenco: Patrick Swayze, Jennifer Grey, Jerry Orbach, Cynthia Rhodes.
Género: romance
Ano: 1987

É um filme envolvente quer pela sua narrativa quer pelas danças quentes. Jennifer Grey interpreta Frances Houseman, mais conhecida por Babe, personagem que vai passar férias com a sua família num resort em Catskills.
Babe é uma adolescente rebelde e quando descobre onde os funcionários, do hotel onde está instalada, se divertem acaba por ser seduzida pelos ritmos quentes das danças.
Decidida a aprender a dança, aceita substituir a parceira de dança do instrutor de dança, Johnny, por quem acaba por se apaixonar.
O amor dos dois encontra obstáculos, causados em grande parte pelo próprio pai de Babe que considera Johnny como pertence a outra classe social.
Tem uma grande banda sonora, marcada por músicas com muito ritmo e simultâneamente quentes. É um filme excelente, que nos diverte também pelas corografias repletas de sensualidade.
Um pormenor que merece ser realçado concerne às roupas usadas no filme: enquanto Babe usa roupas claras Johnny contrasta bastante ao usar roupas escuras. Este contraste serve para realçar a diferença deles no que toca à posição social.

A célebre música ( I´ve Had) The Time of My Life foi reconhecida com um Óscar na categoria de melhor canção original.
A canção She´s Like The Wind é cantada por Patrick Swayze e foi co-escrita por ele.
Em 2004 surgiu uma versão mais moderna, Dirty Dancing – Noites de Havana.
Por: Vânia Afonso


Moulin Rouge

Moulin Rouge
«The greatest thing you'll ever learn is to love and be loved in return»
Realizador: Baz Luhrmann
Elenco: Ewan McGregor, Nicole Kidman, John Leguizamo.
Género: musical/ romance
Ano: 2001


Moulin Rouge é um clube nocturno, um bordel mas cheio de glamour. É dos melhores musicais a que já assistimos, pela sua história, banda sonora contemporânea e roupeiro, transmitindo uma magia capaz de nos transportar para um mundo novo, marcado pela exuberância e o amor.
A história decorre em 1899 centrando-se num poeta, Christian, e uma cortesã do Moulin Rouge, Satine. Os dois vêem-se obrigados a criar um enredo de mentiras, qunado Toulouse-Lautrec e seus amigos o convidam para realizar uma peça. Christian e Satine, interpretados por Ewan McGregor e Satine respectivamente, embarcam numa história de um amor proibido.
Não sendo grande apreciadora de musicais, este surpreendeu-me bastante pela positiva. É difícil não nos deixarmos envolver quer pelos excelentes desempenhos dos actores principais, como pela música divertida criada a partir de músicas originais como por exemplo, Like A Virgin de Madonna.
Nomeado para 8 Oscars, conseguiu arrecadar dois nas categorias de Melhor Direcção de Arte e Melhor Figurino.
A rodagem do filme levou cerca de dois anos a ser completada. No entanto parece que todo o esforço valeu a pena, sendo que se encontra no 25ª lugar na Lista dos 25 Maiores Musicais Americanos idealizada pelo American Film Institue (AFI).
Por: Vânia Afonso

domingo, 28 de dezembro de 2008

Modern Times

Tempos Modernos ( 1936)
Realizado por: Charlie Chaplin
Charlie Chaplin, o génio do cinema, antes de tudo o resto um crítico e um sociólogo atento. Este filme, é uma sátira a um mundo tomado pela técnica, pelo fascínio da maquinização e pela tentativa falhada de substituir o homem pela máquina.
É uma reflexão às dificuldades sociais, ao flagelo da pobreza e desemprego. Uma crítica ao mundo moderno.
Um marco na história do cinema, incontornável e em tudo pertinente também para este tempo e nesta altura em que nos preparamos para entrar em 2009.

Algumas curiosidades:
No filme podem ouvir-se ruídos de máquinas e vozes. Esta mudança na introdução de sons, foi uma estratégia de Chaplin para tornar o som um símbolo da tecnologia e da desumanização no filme.
- É a última vez que Charles Chaplin surge como vagabundo.

- Todas as canções de Tempos Modernos foram compostas por Charlie Chaplin

Por: Olga Pinto

sábado, 27 de dezembro de 2008

Sozinho em casa

Quem é que ainda não viu este filme? Quem não viu e reviu…
Este filme que até é engraçado, está de momento hiper-saturado. Já passou em quase todas as televisões e verdade seja dita… já não podemos ouvir falar dele. Felizmente este Natal, tiveram o bom senso de nos pouparem e de perceberem que o filme já não chama audiências.
O filme teve tanto sucesso que justificou mais 3 filmes que deram continuidade a esta história de um menino de oito anos que é esquecido pela família que parte de feias para Paris, no Natal. O menino passa a ficar por sua conta, e todos ficamos surpreendidos com tamanha esperteza de um miúdo que consegue enganar ladrões e desenrascar-se tão bem, sozinho.
Um filme que todos vimos, mas que um dia quem sabe, valerá a pena recordar. Mas para isso é preciso dar tempo ao tempo, para conseguirmos criar as saudades que a força da repetição nos fez esquecer.
A filosofia do filme é o fundo, sensibilizar para a importância de não esquecermos os nossos filhotes sempre que planeamos ir férias ... lol.
Já agora, o que é feito de ti Macaulay Culkin?
Por: Olga Pinto

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Os homens preferem as loiras

Gentlemen prefer blondes
Realização: Howard Hawks
Elenco: Marilyn Monroe, Jane Russell, Charles Coburn, Elliott Reid.
Género: Comédia, Musical, Romance
Ano: 1953

Dorothy e Lorelei são duas cantoras. São amigas e trabalham juntas. As duas embarcam numa viagem, oferecida por Gus, com quem Lorelei julga estar comprometida, para a França no translântico “ île de France2. Enquanto isso Gus está em França à espera para se poder casar com Lorelei.
O pai de Gus, etando certo que ela só anda atrás do dinheiro do filho, contracta o detective particular Ernie Malone para provar a infediledidade da sua futura nora.
No navio Dorothy apaixona-se por Malone, desconhecendo as suas verdadeiras intenções, tornando-se numa viagem cheia de intrigas, mistério e romance em alto- mar.
Já em terras francesas, as duas belas mulheres deparam-se com um problema: Gus cortou-lhes o crédito! Sem dinheiro só vêem uma solução: cantar no “ Café Chez Louis”.

Os homens preferem as louras é uma óptima comédia musical dos anos 50 baseada no livro homônimo de Anita Loos, escrito em 1928. E embora as duas actrizes não sejam na realidade cantoras, na tela provaram terem talento.
A cena mais famosa decorre no “ Cfé Chez Louis” onde Marilyn Monroe dá voz à célebre melodia “Diamonds are a girl best friend”.
Marilyn interpreta aqui um dos seua papéis mais aclamados pela crítica do cinema.
Uma curosidade: Existe uma versão muda deste fime, realizado por Malcom St. Clair e co-escrito pela autora do livro, Anita Loos. No entanto, não há qualquer conhecimento de exemplares do filme, não havendo portanto qualquer registo do mesmo.
Por: Vânia Afonso

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Blade Runner

Blade Runner :
Realizador: Ridley Scott
Com:
Harrison Ford,
Rutger Hauer,

"All those moments will be lost in time, like tears in rain. Time to die."
"It's too bad she won't live, but then again who does?"
O filme constitui uma reflexão sobre o maniqueísmo do homem perante as coisas que cria. A perda de controlo sobre essa criação, o eterno dilema entre a criação e o criador.
Explora temas como a alienação da vida em relação à própria vida, à inevitabilidade da morte e à forma como acabamos por nos sentir mais vivos a partir do momento em que tomamos consciência de que a vida se extinguirá. As personagens permanecem presas a este conflito interior e ansiosas por encontrar aquilo que ninguém lhes pode dar: mais tempo.
A integridade humana é ameaçada pelos denominados replicants, ou seja, andróides perfeitamente concebidos com o íntimo desejo de serem seres humanos. Para combater e proteger a autenticidade humana foi criada a "Blade Runner", uma associação/corporação que persegue e abate estes mesmos andróides. Entre os Blades Runners encontra-se o mais mediático de seu nome Rick Deckard (Harrison Ford) que tem como missão abater quatro replicants foragidos.
Temas como o corporativismo, o moralismo, a vida e a morte, a distinção entre humanos e máquinas, a paranóia, a clonagem, entre outros, são temas fulcrais e ainda hoje actuais.
É extremamente interessante a forma como os replicants lutam pela preservação e prolongamento da vida sendo clara a analogia ao desejo egoísta do ser humano enquanto ser racional.
Depois, há aquele duelo entre homem e máquina. Mas será que existe mesmo uma distinção? Afinal, aquelas máquinas são detentoras de memórias, são capazes de raciocinar, possuem uma inteligência idêntica ou mesmo superior relativamente aos seus criadores e, acima de tudo, são capazes de sentir. Dito isto, a diferença torna-se irrisória e inconsequente. Além do mais, os replicants comportam-se cada vez mais como humanos quando pensam na aproximação do fim da vida.
Dito isto, estes não passam de escravos injustamente utilizados pelas grandes corporações com vista ao lucro fácil e livre de custos.
O feminismo, ao longo do filme, também é um tema complexo já que a mulher é vista como puro objecto sexual, sendo, portanto, mais uma dura crítica à não emancipação da mulher na sociedade. Também a fragilidade da nossa passagem pela vida na Terra é mencionada já que, mais tarde ou mais cedo, seremos esquecidos, disfarçados pelo tempo.
A memória torna-se fundamental enquanto plano existencial próprio e de terceiros revelando-se uma faculdade fulcral para a sanidade de um indivíduo. A diversidade temática é de facto notável e muito mais poderia ser dito.
Por exemplo, a cidade de Los Angeles (ano 2019) não é apenas um lugar, ou uma distopia, mas também uma remissão ao inconsciente, que implica uma fusão temporal : convivem aqui, passado, presente e futuro, como dimensões indiferenciadas – carros no formato de espaçonaves, búfalos, elefantes, pássaros e unicórnios; prédios e painéis luminosos futuristas, mas igualmente ambulantes e restaurantes populares ao nível do passeio público; gangues com indumentária démodé.
Por isso, Los Angeles é um não-lugar, um amálgama de povos e costumes; a própria representação da compressão espacial que a contemporaneidade inaugurou, e que vive igualmente na forma de uma contração progressiva do tempo - como experiência compulsiva de aceleração.Neste contexto, o andróide permanece como uma criança eterna, emocionalmente instável e, portanto, potencialmente perigosa; incapaz de solucionar seus conflitos internos, pois não possui, estritamente falando, uma personalidade ou uma individualidade; experiências.Aqui a sua perfeição técnica, considerada do ponto de vista das habilidades e da potência física, supera o homem, acaba por apresentar um problema estritamente social segundo uma representação tecnológica, ou seja, a incapacidade de interagir com o mundo, de modo a criar vínculos afetivos.
Concluindo, Blade Runner contempla teorias contemporâneas que descortinam uma possível pós-modernidade. O conflito que emerge ainda no seio da modernidade e que se torna crucial na pós-modernidade: como derrubar um sistema, sem criar outro, ou como acabar com as meta-narrativas legitimizadoras, sem recorrer a uma?
Sob o peso das meta-narrativas hegemónicas da modernidade: cristianismo, capitalismo, comunismo, progresso científico; questionar ou perder a fé nestas narrativas significa que o sujeito passa a questionar a sua própria subjectividade, ao invés de simplesmente delegá-la à colectividade do sistema de autenticação social.
A questão da história e do devir são assim, temas centrais no filme Blade Runner. Lapsos temporais transformados em narrativas, em que cada um deles é instituído de causa e efeito; onde as Eras se sucedem uma após outra seguindo uma lógica dialéctica.
Deixamos-vos a cena final que é uma bela reflexão sobre a memória e consequências dela.
Boa Sorte para o teste!
Por: Olga Pinto

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Casablanca

Realização: Michael Curtiz
Intérpretes: Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid.
Ano: 1942
O nome deve-se à cidade onde se desenrola a história. Tem lugar durante 2ª Guerra Mundial onde a figura central é um homem, Rick Blaine, que vive um romance intenso e inesquecível. Trata-se mais uma vez de um filme onde o amor marca presença. O filme começa por enquadra a história: Ilsa ( Ingrid Bergman) apaixona-se por Rick. Os dois devem fugir de Paris, mas Ilsa decide ficar e Rick parte sem entender o que se passou.
Anos mais tarde Rick torna-se dono de um bar, Rick´s Bar onde aparece justamente Ilsa e o seu marido, Victor Laszlo. E por ironia do destino, o casal está precisamente à procura de um meio para fugir de Casablanca para que ele possa continuar a sua luta contra os Nazis. Ela vê-se dividida entre estes dois amores.
Esta obra obteve muito sucesso conquistando fãs de várias idades. Está dotado de romance, suspense e drama, retratando a fria realidade dos exilados na época de Hitler.
Os dois protagonistas deste romance obtiveram aqui o seu papel mais famoso e marcante das suas carreiras.
O filme arrecadou 3 Oscars am 1944: melhor guião; melhor realizador e melhor filme.
Perante o sucesso do filme , falou-se na possibilidade de criar posteriormente uma sequela titulada Brazzaville. No entanto este projecto nunca foi para a frente.
Por: Vânia Afonso

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O Leão da Estrela

O Leão da Estrela
Director: Arthur Duarte
Actores: António Silva, Laura Alves
Ano: 1947
C
omo não podia deixar de ser, temos de referir também os filmes que marcaram o cinema nacional, como foi o caso de “O Leão da Estrela”."O Leão da Estrela" é uma comédia portuguesa "à moda antiga" com o extraordinário António Silva no papel de Anastácio: um "leão" fanático, que empreende uma viagem ao Norte para ver o seu Sporting enfrentar o FC Porto - um jogo com cenas hilariantes memoráveis. Ficam hospedados em casa da família Barata que tinham conhecido numa estância de férias e Anastácio teima em esconder a condição social da família e faz-se passar por um homem rico. A situação complica-se quando Eduardo Barata (Curado Ribeiro) se apaixona por Jujú (Milú), filha de Anastácio, e os dois decidem casar-se. A cerimónia é em Lisboa e o pai da noiva tem que manter as aparências a todo o custo...
É uma comédia de enganos e de mentiras, típica dos filmes dos anos quarenta. A mensagem final é que as mentiras ganham sempre, no filme como na vida. A finalidade é divertir e mostrar pessoas felizes, exigência própria ao período de ditadura política que se vivia no momento, onde o normal era evitar que se levantassem muitas perguntas!!! Hoje, é um aspecto que não deixa de ser uma nota interessante. Dá que pensar... nao acham?

Por: Olga Pinto

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

E tudo o Vento levou

Estreado em 1939 E tudo o vento levou é um filme clássico onde o romance e o drama se cruzam. Dirigido por Victor Flemming, o filme baseia-se no romance de Margaret Mitchell.
A história gira à volta da filha de um rico fazendeiro dos Estados Unidos, Scarlett O´Hara interpretada pela actriz Vivien Leigh. Nascida no seio de uma família rica, Scarlett assume-se como uma jovem mimada. No entanto, após ser obrigada a viajar para a cidade aprende o significado do verdadeiro sofrimento, pobreza e fome. De regresso à sua casa encontra o mundo que conhecia desfeito, uma mãe morta, um pai louco e a falência.
Como consequência vê-se obrigada a casar como um homem rico que odiava, Rhett, interpretado por Clark Gable. Scarlett acaba por se apaixonar....levando o filme a um fim surpreendente e inesperado.
O filme consagrou-se com 13 nomeações para os Oscars das quais arrecadou 8 estátuas douradas por melhor filme, realizador, melhor actriz (Vivien Leigh), melhor actriz secundária (Hattie McDaniel), melhor argimento, edição, direcção artística e e por último para melhor fotografia.
Trata-se de um filme cheio de romantismo, ideal para aqueles mulheres que anseiam por um grande amor capaz de nos fazer suspirar. Merece ser visto uma, duas, bom...merece ser visto vezes sem conta.

Por: Vânia Afonso